O tempo se faz tão pequeno quando comparado a tudo que se deve fazer. Tão pequeno, que não tive o bendito tempo para sentar e escrever. Tecer palavras sobre a performance do sábado, dia 19 de junho, nas salas 05 e 04 da Escola de Teatro e Dança da UFPA (ETDUFPA), às 17h. Foi uma hora de performances nas duas salas. Os que utilizaram algo como seu "teto" instalaram-se na sala 05 e os que não utilizaram, dirigiram-se para a 04.
Muitas performances diferentes, só o que eu digo. Uns gritavam, outros dançavam, cantavam, poetizavam (se é que existe essa palavra - sou fanática em inventar palavras novas) e muitas outras coisas. Do que me lembro, das imagens que vêm mais fortemente à minha cabeça, posso citar a Rose cantarolando alguma música, enquanto colocava os pés com meias arrastão em um balde com água. Achei lindo, me tocou. Principalmente a música.
Lembro dos gritos do Maurício "ela piscou pra mim!", da personificação do Ramón em algum velho característico, da Adhara cantando João e Maria, do Chico Buarque, do Leandro em sua lixeira-piscina e de alguma voz gritante dizer "eu sou um psicopata!".
Fora tudo isso, a palavra que reúne tudo que senti na hora da performance foi "pirar". Pirei de diversas formas, numa energia só. No começo de tudo, segui um esquema-roteiro que tinha preparado para o dia, mas depois foram chegando acréscimos e acréscimos e mais movimentos do coração. Tanto que, quando a Wlad avisou o término de tudo, me senti chegando de um outro lugar que não aquele.
Na verdade, acho que era isso. Saí de um lugar a outro, me permiti essa transição nos movimentos do coração.
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