Os trabalhos já chegaram no nível de ensaio. Cada um apresentou sua cena que era feita de movimentos que significavam algo internamente nosso. Movimentos esses que eram como retratos, recortes de momentos muito marcantes em nossa vida. Toda essa movimentação é ressignificada pela poesia que é dita ao mesmo tempo. O que se representa é a particularidade de cada ator, com as máscaras de outra representação: da poesia de Manoel de Barros. O que o público vai perceber vira um enigma, pois várias opções vão estar à sua disposição.
As apresentações foram feitas ontem. A minha apresentação não estava lá muito segura. Fico nervosa nos momentos que não devo ficar. Porém sinto um problema nesse trabalho: não sinto tudo o que deveria sentir. Meus momentos são muito importantes sim, mas é como se já tivesse conseguido superá-los, de certa forma. Acho que o problema é que já tenho que me enxergar de outra forma. Às vezes tenho medo disso.
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