Falava de lembranças. Eu já tive algumas, sabe? Quando não me prendia em qualidades fúteis. Depois que guardei em mim essas tranqueiras todas, resolvi fazer uso de cada uma. Por isso agora eu guardo todas essas tais lembranças que foram jogadas ao vento. Essas que ninguém dá valor, mas que pra alguns faz uma faaaalta. Isso mesmo, alguns passam a vida inteira atrás de uma simples rosa-espinhos e nunca consegue. Talvez, quem sabe, só diz que vai atrás mas nunca foi, né.
Bom, também trabalhamos com rendas e quitutes de toda a parte. Tenho trololó, guardanapos, e infinitudes só. Também crio nomes pras coisas, acho tão bonito. Tem uns nomes feios pra dedéu, sempre quis mudar. Porque não chamar esse doce de trololó? É lindo e musical. De "dedéu" eu gosto, acho bom.
Ando por essas ruas estranhas e escrotas e só posso pensar em uma coisa: que merda, que grande e enorme merda. Nem sei porque to falando, ô moço. Não, não vai embora, compra um multi-uso, vai? É o mais caro, mas sai em conta, pode ter certeza. Bom, me dê licença que vou dançar um Corumbá ali com meu Efésio. Não quero mais saber de lembrança nenhuma. Quer saber? Jogo no vento também, e que se foda a gasolina.
Por favor, tenho alguns brancos-ventilador, um lilás-fumaça-de-anteontem, um turvo-transparente, dois pretos-darc-Joana (que eu não consigo achar porque tá tudo escuro aqui), também tenho fotoclips, viológicos, fita-colas (já grudadas), uns dois gemados e vários porta-pilhas, podes guardar pra mim? ou então me explica como faço pra conservar sem ocupar espaço, pois não tenho instant-drive.
ResponderExcluirAh!! eu tenho uma digital de lábios, essa eu te dou, não ocupa espaço!